Após termos alinhavado os 8 paineis que constituem o casco de cada barco, cortamos os 6 paineis que formam o deck, e os aros que constituem o cockpit. Depois alinhavamos todo o deck, e este ao casco. Até o final desta etapa, acumulávamos cerca de 40 horas de trabalho efetivo em cada barco. Vale mencionar que, nas duas últimas tardes de trabalho, passamos a contar com a companhia pitoresca de um “clássico” radinho a pilha, daqueles bem pequenos que são usados por torcedores nos estádios de futebol. Uma verdadeira marcenaria não poderia funcionar sem um radinho! Eis algumas fotos do trabalho e do resultado alcançado:
Marcando os paineis do deck. Radinho de pilha ligado ...
Cupim e Taraquá totalmente alinhavados
Encerrada a etapa de alinhavamento
total dos barcos, em 11 de junho demos início a uma etapa inteiramente nova e
desconhecida para os dois: o trabalho com a cola epóxi. Usamos a cola Araldite GY-1109 e o endurecedor Aradur 850, comprados na Aralsul de Porto Alegre em
kits de 1,0 L e 0,6 L, respectivamente. Talvez não tenha sido a melhor compra,
pois depois, consultando o técnico em química da Aralsul, viemos a saber que o
tempo de trabalho que dispúnhamos antes da mistura endurecer muito era de cerca
de 30 minutos, e isso no primeiro dia de trabalho com a cola, quando a
temperatura era de 20º C, e a umidade muito alta. Em um dia quente e seco
talvez não dispuséssemos nem de 20 minutos ...
Em
todo caso, neste dia úmido não tivemos problemas com o tempo de secagem porque
o trabalho era de aplicar filetes da mistura cola – endurecedor - serragem nas
juntas entre paineis vizinhos do casco. Essa tarefa foi completada no mesmo dia
após 5 horas de trabalho. Agora era esperar pelo menos 24 horas para poder
virar o barco de cabeça para cima e aplicar filetes da mesma mistura de cola
epóxi nas juntas dos paineis do deck.
Uma
semana depois, o trabalho foi retomado. Filetes de cola foram aplicados às
juntas do deck. Enquanto a cola
secava, como sobrava tempo, aproveitei para terminar de cortar os anéis que
constituem o cockpit: quatro anéis
espaçadores idênticos (de 4 mm de espessura cada um) a serem empilhados e
colados juntos; mais dois anéis mais largos para serem colados um ao
outro constituindo a borda do cockpit,
onde a saia será presa.
Iniciando a colagem do deck do Taraquá. Mais
abaixo, à esquerda, o casco colado do Cupim.
A etapa seguinte consistiu em raspar, limar, desbastar ou lixar os excessos de cola com serragem que havíamos aplicado nas juntas entre paineis tanto do casco quanto do deck. Por causa de nossa inexperiência na aplicação dessa mistura, os excessos a serem retirados ficaram exageradamente grandes, e gastamos mais de 10 horas de trabalho para removê-los todos.
Colando o deck do Taraquá
Leonardo retirando excessos de cola com serragem. Da proa
eles ainda não foram retirados.
À frente, o deck do Taraquá sendo colado por dentro. Ao fundo,
Leonardo desbastando os excessos de cola do casco do Cupim .
Decks separados dos cascos. O de trás é do Taraquá e os excessos
de cola já foram removidos. O deck do Cupim ainda não lixado.
Os construtores
No dia 29 de junho, o casco e o deck do Taraquá estavam prontos para a etapa seguinte da construção, que consistirá em colar duas (ou mais) camadas de tecido de fibra de vidro às superfícies interna e externa tanto do casco quanto do convés de cada barco. A construção do Cupim está atrasada em cerca de 4 horas com respeito á do Taraquá. As horas de trabalho acumuladas até aqui na construção do Taraquá totalizam aproximadamente 64 horas.
Nossa! Que trabalheira! :-)
ResponderExcluirRealmente trabalhamos muito. Mas está valendo à pena, sem dúvida.
ResponderExcluirTrieste